Hermes Borges -> Flavio Bessa <hdab@intra> wrote:
http://www.thecornerhouse.org.uk/resource/myth-minimalist-state
a conclusao mais curiosa que se tira da leitura do artigo eh que a manutencao de um estado minimo requer a maxima intervencao do estado...
Olha, o texto � longo, cheio de nuances, e detalha muito bem as
pol�ticas econ�micas adotadas pelos pa�ses emergentes nos �ltimos anos.
Eu so acho que o texto "peca" quando se coloca entre "n�s" e "eles",
pa�ses do Norte, ricos e poderosos, contra pa�ses do Sul, pobres e
oprimidos.
O texto ignora completamente os esfor�os da China em estender seu
poderio econ�mico a pa�ses menos desenvolvidos: a Costa Rica tem seu
est�dio nacional, que foi completamente financiado e bancado pela China
como um presente ao povo costa-riquenho; A Africa do Sul exerce um poderio econ�mico interessante nos pa�ses vizinhos e inclusive no Brasil, onde
controla o aeroporto de Confins, entre outras coisas.
O mercado nao � excessivamente ruim. A esquerda insiste nessa tecla de
que os EEUU sao uma na�ao maligna que deseja dominar a todos segundo seus interesses, e essa afirma�ao se justifica como resultado fa pol�tica
externa desastrosa adotada durante e depois da II Guerra, a saber:
- A cria�ao do Panam� como na�ao e seus desdobramentos;
- A Operacao Condor;
- A insist�ncia americana em dominar o Nordeste brasileiro � for�a para
uso militar durante a II Guerra, evitado com muito custo pela diplomacia brasileira e por pura sorte;
Entre outros. Ainda assim, nota-se o esfor�o do Chile na era Pinochet,
onde o "grupo de Chicago" assumiu a economia do pa�s baseado no liberalismo
e no livre mercado e temos a� o resultado: Ainda muito a se resolver na
esfera social, mas avan�os econ�micos importantes, em especial num pa�s com recursos naturais escassos (�gua, g�s, eletricidade) e rodeado de pa�ses inimigos (o Chile esteve em guerra com TODOS os seus vizinhos e ganhou).
Quanto ao controle estatal da economia atrav�s de empresas p�blicas,
deve-se notar que a Petrobr�s, hoje, � uma empresa de economia mista, ou
seja, tem parte privada e p�blica, inclusive com a�oes na Bolsa americana e responsabilidades quanto � sua governan�a. A� vem a minha pergunta: Qual o valor agregado pelo governo federal no resultado financeiro da Petrobr�s
nos �ltimos 10 anos? De mem�ria:
- A decisao, no segundo governo Lula, de fabricar diversos navios
petroleiros com recursos 100% brasileiros, aumentou o custo operacional da Petrobr�s;
- A compra da refinaria de Pasadena, assinada sem ler por Dilma, gerou um preju�zo cont�bil da ordem de 80 milhoes de d�lares e arranhou irremediavelmente a imagem da empresa no exterior;
- A constru�ao da refinaria de Abreu e Lima, for�adamente um investimento binacional Brasil x Venezuela aonde Lula e Ch�vez sabiam que era imposs�vel aportar dinheiro venezuelano no empreendimento (da ordem de 50% do custo total), dada a grave crise econ�mica daquele pa�s, que � �poca j� nao
conseguia fluxo de caixa suficiente para importar alimentos, e acabou tendo
que ser assumida pela Petrobr�s em sua totalidade, obra essa que atrasou
mais de 8 anos e triplicou de pre�o de l� pra c�, causando enormes
preju�zos � empresa;
Isso, de mem�ria, me leva a crer que o Estado s� fodeu a Petrobr�s. Sua utiliza�ao pol�tica causou bilhoes de d�lares em preju�zos, que poderiam
ter sido convertidos em benesses. Se � pra ser assim, � melhor nao ter
empresa estatal nenhuma.
O que eu acho, fruto de nossas discussoes anteriores, � que o Estado
deve fazer escolhas, ter um foco. Seja em sa�de e educa�ao, seja em
bem-estar social, seja em poderio b�lico, no que quer que seja. Mas nao d�
pra ser bom em tudo, e hoje o Brasil tenta abra�ar o mundo com as pernas e
nao consegue seguir em frente.
--
At� logo,
Flavio Bessa
--- NewsTap/5.2.6 (iPhone/iPod Touch)
# Origin: Saturn's Orbit BBS - JAMNNTPD trial - Brazil (4:801/188)
* Origin: LiveWire BBS - Synchronet - LiveWireBBS.com (1:2320/100)